Objetos comunicacionais (primeiro desenvolvimento)
Uma das problemáticas enfrentadas durante a pandemia é a ausência da presença física, sendo essa reconfigurada na forma de telefonemas, mensagens e chamadas de vídeo. Entretanto, apesar dos avanços tecnológicos e possibilidades do meio virtual, a esfera digital não substitui a comunicação e interação em sua totalidade.
Nosso objeto consiste em um conjunto de duas pequenas cúpulas transparentes, cada uma sobre uma base e contendo uma lâmpada em seu interior. Sensores invisíveis, localizados na superfície da cúpula, captariam o toque e a temperatura da pele de quem nela encostasse. Dessa forma, essa informação seria convertida na outra cúpula na forma de cor e aumento de temperatura da região tocada. Sendo assim, sua tonalidade variaria de acordo com a intensidade da pressão do toque e com a temperatura corporal de quem encosta.
Ademais, os sensores também seriam capazes de captar a frequência cardíaca. A partir disso, a lâmpada inserida no objeto do outro participante passaria a piscar no mesmo ritmo da pulsação captada.
Sendo assim, nosso objeto busca minimizar uma dos obstáculos enfrentados durante a pandemia: a falta do contato físico, tendo em vista que o objeto possibilita transmitir as sensações presentes no toque mesmo a distância. Nesse sentido, é importante destacar que a interação dos objetos é mútua, isto é, não se trata de um propagador e outro receptor. Ambos possuem os mesmos sensores, de modo que podem igualmente alterar e serem alterados pelo outro. Por exemplo, se os dois participantes tocarem nos mesmos locais de suas respectivas cúpulas, as cores geradas irão se sobrepor como se as mãos se tocassem.
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