Animação Cultural
O texto do filósofo Vilém Flusser instiga uma discussão acerca do objeto enquanto ente dotado de características inanimadas e animadas. Ao propor, de forma lúdica, um contexto em que os objetos moldam e controlam os seres humanos - não o contrário - suscita uma reflexão quanto aos valores atribuídos culturalmente às coisas. Assim, elucida que ao conferirmos determinados significados aos artefatos, ou caracterizá-los meramente por sua suposta finalidade, desconsideramos sua existência intrínseca. Em outras palavras, o contexto cultural distancia-se do objeto por si só. Como exemplificado no texto, mesmo após a revolução técnica do século XXI - na qual os aparelhos se tornaram mais funcionais que os seres humanos em muitos setores - os valores persistiram até no campo da ciência. Destarte, o alcance da objetividade plena se distancia, e o homem perdura, simultaneamente, como demiurgo e objeto supremo.
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